Nayib Bukele, o presidente de El Salvador, celebrou recentemente o “Dia do Bitcoin” com a compra de 21 bitcoins. Para os salvadorenhos, esse dia tem um significado especial, já que marca a legalização da criptomoeda no país, que aconteceu em 7 de setembro de 2021. Enquanto o Brasil festeja sua independência nessa data, El Salvador comemora sua independência financeira por meio do Bitcoin.
Após essa última aquisição, as carteiras do governo somam agora 6.313 bitcoins, que estão avaliados em cerca de US$ 708 milhões ou R$ 3,8 bilhões. Essa informação coloca El Salvador na lista dos países com as maiores reservas de Bitcoin do mundo, ocupando a sétima posição de acordo com dados de Bitcoin Treasuries.
El Salvador compra 21 bitcoins em homenagem ao seu 7 de setembro
Em 2021, quando o Bitcoin passou a ser aceito como moeda, a adesão não foi apenas uma decisão econômica, mas um marco histórico. Naquele mesmo dia, Bukele anunciou a compra dos primeiros 200 bitcoins, que valorizaram impressionantes 480% desde então. Em 2022, o presidente estabeleceu um plano de compra diária de um Bitcoin, uma estratégia chamada DCA (Dollar Cost Averaging). Contudo, neste 7 de setembro, ele decidiu quebrar essa normalidade e comprar 21 bitcoins como uma forma de homenagem.
O valor 21 não foi escolhido ao acaso; ele remete ao total de 21 milhões de bitcoins que existirão ao longo de sua existência, dos quais cerca de 19,9 milhões já estão circulando. Além disso, o governo salvadorenho adotou medidas de segurança, dividindo suas moedas entre 14 endereços diferentes para se proteger contra possíveis ataques futuros de tecnologia avançada, como os computadores quânticos.
El Salvador é um exemplo para outros países que querem adotar o Bitcoin
Apesar das celebrações, a jornada de El Salvador com o Bitcoin não tem sido simples. O país enfrenta constantes pressões externas, especialmente de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Um marco importante foi quando o Bitcoin deixou de ser considerado moeda de curso forçado em janeiro de 2025.
O FMI apontou em julho que El Salvador não havia feito novas compras de Bitcoin desde março de 2024. Segundo eles, as movimentações que Bukele exibiu seriam, na verdade, apenas transferências entre as carteiras já existentes.
Mesmo com esses desafios, quatro anos depois de sua adoção, El Salvador continua sendo um importante caso de estudo para nações que desejam integrar o Bitcoin tanto como moeda quanto como um ativo de reserva, semelhante ao ouro. O que está em jogo pode parecer complicado, mas El Salvador se mantém firme em seu caminho, bem como na sua posição como um exemplo para o mundo.
